Superficies Azulejares

Leitões- Mira


Uma Construção de Adobe

Casa Gandaresa

 



É uma casa térrea de formato em “L”, com pátio fechado, telhado de duas águas e construída de adobes de areia e cal, secos ao sol. 

A frente da casa é formada por janela – porta – janela (na imagem uma casa com características diferentes, mas gandaresa) e um largo portão de duas folhas, que permitia a passagem dos carros de bois e respetivas carradas de produtos agrícolas. 

Na parte inferior casa existiam respiradores abaixo dos soalhos, assim como, na parte superior do lado da casa da arrumação, existiam os “óculos” do sótão, para iluminação e arejamento do mesmo.

Os vãos das portas, das janelas e do portão eram reforçados e ornamentados com pedra de cantaria, originária de Ançã.  


Um Objeto

Erguedeira



Utensílio agrícola construído inicialmente todo em madeira e utilizado para limpar o milho dos restos de palha ou restos de canudo. Depois de seco ao sol nas eiras, e antes de ser guardado nas caixas, o milho era colocado na bacia da erguedeira que se abria no fundo e em que o cereal escorregava pela rampa de madeira enquanto as impurezas eram expolidas para trás por ação do vento produzido pelo movimento da ventoinha.

 

Uma Lenda

Diz a lenda, que em muitos tempos antigos, em terra de Mira, apareceu debaixo de um tronco de amieira e de outras árvores silvestres a sagrada imagem do Apóstolo São Tomé. Como no local onde o Santo apareceu não se podia construir a igreja em honra do santo, por as águas dos ribeiros aí existentes o impedir, a mesma foi erguida noutro local.

Quando os fiéis e sacerdotes se dirigiram à igreja para venerar o Santo não o encontraram. Surpreendidos com o facto puseram-se à sua procura dizendo: “Ó São Tomé onde estás tu?” ao que o mesmo respondeu: “Estou no meio das favas”. Como a fuga se repetia constantemente o povo quando o ia procurar dizia: “Ó São Tomé onde estais vós?” e antes do santo lhes responder logo diziam: “No meio do faval o encontraremos nós”.

Apercebendo-se o povo que o santo só naquele sítio onde tinha aparecido queria permanecer, aí lhe contruíram uma igreja.


Data revelante 

25 de julho, data do feriado municipal e data em que se venera o Padroeiro, São Tomé.

 

Pessoa Singular

 

Infante D. Pedro, filho de D. João I e de Dona Filipa de Lencastre, foi quem concedeu a autonomia administrativa à Vila de Mira, em 12 de Julho de 1948, assim como diversos privilégios para fixar a população e desenvolver a localidade.

Infante D. Pedro, deu nome a uma rua na aldeia onde vivo, Via Infante D. Pedro.

 

Um Artista 

Nuno Pedreiro, conhecido desenhista e pintor Mirense.

MR 9C

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