Redes de pesca, utilizadas na arte xávega. Ainda em uso.
Reza a historia que em certas ocasiões o areal era mais plano e o mar invadia a barrinha.
Neptuno, rei dos mares, e suas
filhas vinham há barrinha as ninfas batizar. Elas após a cerimónia, transformavam-se
em sereias e iam para o mar.
Manuel Milheirão foi um Presidente de Junta de Freguesia que dinamizou o comércio e mandou construir o cemitério.
Diz a lenda que os Cristãos que aí habitavam tinham grande devoção a São Tomé e que chamavam ao local Terras de São Tomé, levando os mouros a aceitarem o nome que em árabe é Emir. Alguns historiadores dizem que os Mouros, dando-lhe o nome de Emir, quiseram apenas salientar a beleza da terra.
O povoado mouro (Mira) foi capturado antes da independência do Condado Portucalense, isto porque a povoação já aparece num documento em que é doada aos novos povoadores de Montemor-o-Velho pelo moçárabe Sisnando em 1094.
A posse é confirmada em Fevereiro de 1095, por D. Raimundo e D. Urraca, a Soleima Godinho.
Em 1442, Dom Pedro, regente de Portugal e Duque de
Coimbra, concedeu autonomia municipal a Mira e diversos privilégios para fixar
população e desenvolver o local.
Valter Lopes nasceu em Coimbra em 1980 e é licenciado em Pintura pela Escola de Artes de Coimbra.
A figura humana é um dos temas centrais de sua pintura.
Pinta óleo e acrílico. Mas ele usa a fotografia como uma ferramenta para capturar a imagem dos modelos. A fotografia permite que ele se afaste de sua própria realidade. Dá outros pontos de vista que ele aplica à pintura.
Algumas obras refletem movimentos e rupturas, que surgem intencionalmente através do acidente fotográfico e do movimento natural dos seres vivos. Na pintura, o que o fascina é o processo e não o fim. Momentos de mudanças inesperadas, descobertas que fluem rapidamente e horas intermináveis de observação das peças. Como um diálogo entre criatividade e experiências pessoais. O objeto da pintura resulta como múltiplo, fragmentado e inacabado. Algo que nunca se revela completamente. Às vezes, os trabalhos antigos se misturam aos novos, anulando seu tempo e fundindo diferentes camadas figurativas, o que nos leva à abstração.
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