Superficies Azulejares

Praia de Mira

Uma Construção em Adobe

Fundações de uma casa reconstruída. Como se vê, os adobes são de tão boa qualidade que foram mantidos.

Um objeto dos grandes

Redes de pesca, utilizadas na arte xávega. Ainda em uso.


Uma Lenda

Reza a historia que em certas ocasiões o areal era mais plano e o mar invadia a barrinha.

Neptuno, rei dos mares, e suas filhas vinham há barrinha as ninfas batizar. Elas após a cerimónia, transformavam-se em sereias e iam para o mar.

Diz ainda a lenda que, uma dessas ninfas não conseguindo alcançar o mar, se apaixonou por um pescador. E foram tão intensos os beijos que deram, que ele morreu de exaustão e sede agarrado a ela.


Data relevante

8 de Dezembro dia da padroeira da Praia de Mira, Nossa Senhora da Conceição.



Pessoa Singular

Manuel Milheirão foi um Presidente de Junta de Freguesia que dinamizou o comércio e mandou construir o cemitério.


Um Artesão

João Gil,  artesão reconhecido na terra, faz miniaturas.


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Uma construção de adobe

Uma Casa Gandaresa


Um objeto dos grandes
Barco de arte xávega com rede no areal.


Uma história de Mira

Desde a época Romana que esta região tem vestígios de ter sido habitada. Apesar de se saber que também foi ocupada por Visigodos, é do tempo da ocupação árabe que começa a haver registos.

Diz a lenda que os Cristãos que aí habitavam tinham grande devoção a São Tomé e que chamavam ao local Terras de São Tomé, levando os mouros a aceitarem o nome que em árabe é Emir. Alguns historiadores dizem que os Mouros, dando-lhe o nome de Emir, quiseram apenas salientar a beleza da terra. 

O povoado mouro (Mira) foi capturado antes da independência do Condado Portucalense, isto porque a povoação já aparece num documento em que é doada aos novos povoadores de Montemor-o-Velho pelo moçárabe Sisnando em 1094. 

A posse é confirmada em Fevereiro de 1095, por D. Raimundo e D. Urraca, a Soleima Godinho.

Em 1442, Dom Pedro, regente de Portugal e Duque de Coimbra, concedeu autonomia municipal a Mira e diversos privilégios para fixar população e desenvolver o local.

Recebeu foral de D. Manuel I em Lisboa que a eleva a vila a 27 de Agosto de 1514 e nomeia como administrador e senhor da vila, Dom Gonçalo Tavares. O senhorio de Mira manteve-se nas mãos da família dos Tavares até ao séc. XVIII, quando passou a integrar a Casa das Rainhas. Aí se manteve até à extinção do regime senhorial em 1833.

Data relevante

A 8 de Dezembro é celebrada a Imaculada Conceição na Praia de Mira. É uma festa litúrgica da Igreja Católica, mas nos tempos de hoje, com outras festividades.
Imaculada Conceição de Maria significa que a Virgem Maria foi preservada do pecado original desde o primeiro instante de sua existência.

Pessoa singular


Alcino Jesus Clemente ou, para todos os que o conhecem, o “mestre Alcino”, era um pescador muito conhecido na Praia de Mira por ir sempre a comandar e a dirigir os navios quando iam pescar. Era uma pessoa muito humilde em que toda agente confiava. 


Um Artista 


Valter Lopes nasceu em Coimbra em 1980 e é licenciado em Pintura pela Escola de Artes de Coimbra. 

A figura humana é um dos temas centrais de sua pintura. 

Pinta óleo e acrílico. Mas ele usa a fotografia como uma ferramenta para capturar a imagem dos modelos. A fotografia permite que ele se afaste de sua própria realidade. Dá outros pontos de vista que ele aplica à pintura. 

Algumas obras refletem movimentos e rupturas, que surgem intencionalmente através do acidente fotográfico e do movimento natural dos seres vivos. Na pintura, o que o fascina é o processo e não o fim. Momentos de mudanças inesperadas, descobertas que fluem rapidamente e horas intermináveis ​​de observação das peças. Como um diálogo entre criatividade e experiências pessoais. O objeto da pintura resulta como múltiplo, fragmentado e inacabado. Algo que nunca se revela completamente. Às vezes, os trabalhos antigos se misturam aos novos, anulando seu tempo e fundindo diferentes camadas figurativas, o que nos leva à abstração.

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