O adobe é um material vernacular usado na construção civil. É considerado um dos antecedentes históricos do tijolo de barro e seu processo construtivo é uma forma rudimentar de alvenaria.
Os antigos adobes são tijolos de terra crua, água e palha e algumas vezes outras fibras naturais, eram chamados de adobes de lama. Na Gândara, a fase posterior do adobe, já continha areia seixosa e cal na sua constituição, e eram moldados em formas de madeira por processo manual.
Foi importante até aos anos 50 do século passado, e na zona de Ponte de Vagos, era com adobes que as casas de habitação e de apoio á agricultura, eram construídas.
Data relevante
No último fim-de-semana de mês de Julho
realiza-se a Festa da Pinha (Festa do Burro).
Pessoa singular
Fernando Batista, o Professor Sorriso, desenvolve atividades de carater formativo, dá contributo nas festas e tem papel dinamizador na igreja da Ponte de Vagos.
Um Artesão
O senhor Albino Bento que ainda faz adobes.
DCD 9C
Uma construção de adobe
Um objeto
Adobe, os adobes eram feitos através da queima do cal, a cal era comprada ao metro, para fazer a queima do cal colocavam-se algumas pedras nos bidões e ía-se colocando um pouquinho de água de cada vez para ela começar a abrir e a derreter.
À medida que ia ficando líquida colocava-se mais pedras de cal e mais água. Quando ficava com uma consistência líquida pegava-se num pau e mexia-se. Este processo levava 2 a 3 dias até se ter um bidão cheio. Depois virava-se essa cal para o chão e ali mesmo misturava-se com terra e depois a mistura era levada para um pedaço de terreno alisado e com uma forma fazia-se os adobes. Esperava-se uns 8 dias e viravam-se os adobes para apanharem sol do outro lado. Assim que estivessem secos (passados mais ou menos 15 dias) começavam-se a fazer as casas, muros etc…
Atualmente os adobes já não têm uso pois as pessoas
começaram a optar pelos tijolos.
Foi até à década de sessenta do século passado que as construções na Ponte de Vagos foram maioritariamente feitas de adobes).
Uma construção de adobe
O arado servia para lavrar as terras e era puxado por burros. Hoje em dia este arado não tem utilidade.
Uma lenda
A origem do nome Ponte de Vagos associada com a existência de uma ponte, que até diziam ser romana nesta aldeia.
Poderá também por estar na ponta do concelho de Vagos, desse modo, poder-se-ia denominar «ponta de vagos», tempos passaram, a localidade desenvolveu-se e passou-se a chamar «Ponte de Vagos».
Data relevante
8 de setembro de cada ano, festa da Padroeira.
Pessoa singular
Doutor Manuel Vinhas, era o único veterinário da terra e o melhor dos arredores.
Vai ser dificil encontrar um veterinário tão bom como ele. Nos dias de hoje, está reformado.
Um Artesão
António (?) Único sapateiro da Ponte de Vagos, trabalhava numa sala com 4 metros quadrados.
GS8E
Construção de adobe
Objetos
Bomba Manual de tirar água de poço artesiano. Não utilizada.
Carro de mão antigo.
Uma história da Ponte de Vagos
Durante largos anos, a apanha de pinhas foi o meio de sustento de muitos daqueles que habitavam a freguesia de Ponte de Vagos. Acompanhados dos burros, os habitantes da Ponte de Vagos saíam de madrugada e voltavam à noite. Muitas vezes iam dias ou quase a semana toda para outras freguesias a apanhar as preciosas pinhas. Estas eram utilizadas sobretudo nos fornos de queima de cal ou de breu (a resina que era colocada nos matolas para impermeabilizar os barcos típicos desta região).
Terra pobre,
durante largos anos, Ponte de Vagos foi mesmo conhecida como a "terra dos
burros".
Com o passar dos anos foi-se
deixando esta atividade e passaram a comercializar outros produtos, como os
hortícolas e os cereais, uma vez que passaram a conhecer o mercado e a
estabelecer contactos, desenvolvendo-se a indústria neste sector.
O burro, esse, continuou a ser uma figura predominante na freguesia porque, para além de ser a "máquina agrícola" da altura, era também o meio de transporte das mercadorias que as pessoas de Ponte de Vagos iam comercializando um pouco por todo o lado, o qual posteriormente também acabou por desaparecer.
Data relevante
Festa da Pinha - Data de realização: Penúltimo fim de semana do mês de Julho, com a duração de dois dias.
Pessoas Singulares
José Creoulo Prior, Inventor das “tomadas de água”, um produto que melhorou o desempenho do sistema de rega e evitou as perdas de água.
Para a Festa da Pinha, também inventou um guarda sol gigante, e tigelas de sopa de pão.
Uma vida que foi
premiada com o prémio carreira, na Gala D’ Ouro promovida pelo Jornal o Ponto e
a Rádio FM de Vagos.
MCF 8D
Construção
em adobe
Casa
Gandaresa
Um
Objeto
Engenho
Roda de carroça, utilizada para movimentar carroças, hoje é usada como decoração.
Data Relevante
Em 1989 esta paróquia ficou mais rica com a vinda da congregação das filhas de Maria Auxiliadora conhecidas por Irmãs Salesianas. As primeiras a instalarem-se nesta paróquia, foram Irmã Libânia, Irmã Teresa e Irmã Leia.
Pessoa Singular
PED 8D
Uma construção de adobe
Um objeto
Um erguedor para limpar cereais das impurezas.
Data relevante
Ponte de Vagos foi criada em 28 de março de 1968
Pessoa singular
Padre João Mónica
ME 8D
Uma construção de adobe
Um objeto
Poço de engenho com alcatruzes em ferro, num velho poço de adobes, que era utilizado para
retirar água de um poço. Atualmente, já não é utilizado.
Uma lenda
Segundo uma lenda antiga, a origem do nome de Ponte de Vagos estará relacionada com a existência outrora de uma ponte antiga (Romana?) nesta região. Uma outra justificação para o nome da freguesia, estará no facto desta se encontrar na outra ponta do concelho de Vagos e assim ser a “Ponta de Vagos”, que mais tarde evoluiu para Ponte de Vagos.
Data relevante
No dia 28 de março de 1968, foi promulgado no Diário do Governo a criação da Freguesia de Ponte de Vagos.
Pessoa singular
Armando dos Santos Neto. Além de ter sido o primeiro presidente da junta de freguesia, também foi ele quem ofereceu os terrenos onde se situa atualmente a Associação Betel.
ESNP8D
Uma construção de adobe
Um objeto
Data relevante
O pedido da criação da paróquia, em 30 de dezembro de1961, foi assinado pelo Prior Capela.
O bispo que aprovou que Ponte de Vagos fosse elevada a paróquia, era na altura o Bispo de Aveiro D. Domingues d'Apresentação.
Pessoa singular
Padre João Mónica, acompanhou o desenvolvimento da paróquia da Ponte de Vagos com uma participação muito ativa, sendo ele o fundador da Instituição Betel (1980), e fundador do Agrupamento Escuteiros 851 Ponte de Vagos (1987).
FBF 8D
Uma construção de adobe
Casas Gandaresas
Objetos
Púcara – onde se punha a carne em vinhos de alhos, e se armazenava os torresmos e rojões.
Peneira – quando se moia o milho para fazer a farinha ficava sempre bocados mal moídos, então peneirava-se a farinha para ela ficar fofa.
Uma lenda da
Uma senhora que era sonâmbula enquanto dormia, levantou-se e foi à fonte. Pôs a cantara à cabeça e foi para a fonte e Voltou. Quando chegou a casa, bateu com a cantara cheia de água no barrote do alpendre, partiu-se e caiu-lhe a água pela cabeça abaixo, molhando-a toda. Foi nesse momento que acordou.
Basicamente a senhora foi à fonte e veio a dormir.
Duas datas relevantes
8 de Setembro – Festa da
Nª Sª Da Luz, padroeira da Ponte de Vagos.
Penúltimo fim de semana de Julho – Festa da Pinha e do Burro ( festa que comemora as coisas antigas da Ponte de Vagos)
Pessoa singular
Um Artesão
Conhecido por Ti Rocha Júnior, começou a fazer os primeiros chuveiros na Ponte de Vagos, evoluindo para fortes empresas como a Prilux, J.Prior, entre outras) das quais, ainda hoje fabricam esse tipo de chuveiros e material derivado para a rega agrícola.
ASM 9B
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